Silvex produz plásticos amigos do ambiente, PAÍS POSITIVO

Silvex produz plásticos amigos do ambiente

<< FUNDADA EM LISBOA (1968), A SILVEX TEM SEGUIDO UM RUMO DE CONSTANTE INOVAÇÃO E ADAPTAÇÃO ÀS NECESSIDADES DA SOCIEDADE, ASSIM SENDO, DESENVOLVERAM UM PLÁSTICO BIODEGRADÁVEL E AMIGO DO AMBIENTE, FAZENDO JUS AO CAMINHO QUE ATÉ ENTÃO TÊM VINDO A TRILHAR, NUM PROJETO PIONEIRO, APOIADO PELA UNIÃO EUROPEIA.

Esta empresa opta por uma estratégia de criatividade, e Paulo Azevedo, diretor-geral, afirma que “há uma constante aposta em I&D Inovação e Desenvolvimento para que seja possível ter disponível uma maior diversidade de produtos, numa lógica de sustentabilidade ambiental, nomeadamente os biodegradáveis”. 
Aproveitando o facto da cultura dos países nórdicos ser um pouco diferente da nossa, onde as questões ambientais são uma preocupação efetiva e a utilização de sacos biodegradáveis é uma realidade, a Silvex apostou neste tipo de artigos, exportando a maior parte da produção. O nosso interlocutor refere que “90 por cento dos artigos biodegradáveis são exportados, o que traz para o país muitas centenas de milhares de euros.”

AGROBIOFILM

O Agrobiofilm - Desenvolvimento de Filmes Biodegradáveis Melhorados para Atividades Agrícolas, foi um projeto de I&D (cerca de 1,5 milhões de euros) coordenado pela Silvex, com o trabalho científico a ser realizado em cooperação com o Instituto Superior de Agronomia (ISA), a Universidade de Montpellier II, a Universidade de Aarhus e o Centro Tecnológico ADESVA. Foi, parcialmente, financiado pela União Europeia e contou, ainda, com a participação de PME s da Noruega e de França. Paulo Azevedo sublinha que “para ser cofinanciado pelo 7° Programa Quadro da União Europeia este projeto tem de ser também inovador na Europa. Do projeto Agrobiofilm resultou um produto que veio revolucionar o mercado.”

Apesar de ser mais caro quando se considera o preço de venda por quilo, o mulch biodegradável Agrobiofilm® acaba por representar um custo, por hectare, semelhante ao dos plásticos fósseis. A aplicação deste tipo de plástico tem algum apoio, ainda que limitado, aos agricultores associados em Organizações de Produtores, contrariamente a outros países (corno Itália) onde também faz parte das medidas agroambientais, nomeadamente com apoio aos agricultores em produção integrada.

FISCALIDADE VERDE

(...) Num documento elaborado pelo responsável do projeto AGROBIOFILM, Carlos Rodrigues, agrónomo da Silvex, é explicado que “apesar de serem práticas proibidas, ainda é costume queimar, enterrar, abandonar estes plásticos. Acresce ainda o facto de nem sempre ser viável a reciclagem destes resíduos, visto que se encontram sujos e uma pré-lavagem não resolveria o problema da contaminação com pesticidas, Mesmo que estes fossem para um depósito legal, um aterro, continuariam a ter consequências nefastas para o ambiente”.
(...) Até então a Silvex tem-se mantido afastada da discussão pública da lei da Fiscalidade Verde e não subscrevem “o fado que se tem vindo a propagandear de que devido a esta política vai tudo falir. O sector tem capacidade para reagir com produtos alternativos, mais inovadores e sustentáveis.” No entanto, atenta para o facto de se ter perdido uma oportunidade de “discriminar positivamente os sacos biodegradáveis, isentando-os do pagamento da taxa, como adotado em outros países da Europa. Esta perda é agravada pelo facto de na Europa se caminhar para a recolha seletiva dos resíduos orgânicos. Em muitas cidades Europeias, como por exemplo Milão, já é obrigatório separar os resíduos orgânicos domésticos, por forma a serem recolhidos seletivamente e, através da compostagem, serem transformados em fertilizante orgânico e, assim, completarem o ciclo, com reutilização na agricultura. Isto é a chamada economia circular. Portugal e Espanha são os países mais atrasados na recolha deste tipo de resíduos. Tivemos aqui a oportunidade de implementar medidas semelhantes e não o fizemos. Os nossos solos são pobres em matéria orgânica, temos centrais de compostagem de elevado valor a não serem completamente aproveitadas, todos produzimos resíduos orgânicos e, no entanto, continuamos a desaproveitar este resíduo/recurso, enviando-o como lixo indiferenciado para aterro. É necessário que o legislador esteja mais atento ao setor, às inovações que vão surgindo.” >>

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Data de Publicação: 01 Abr 2015