Silvex vende o dobro dos sacos plásticos desde aplicação de taxa, DIÁRIO ECONÓMICO

Plástico | Empresa discorda da taxa de dez cêntimos cobrada por saco de plástico, mas está, para já, a ganhar com ela.

<< (...) A Silvex não concorda com a taxa de 10 cêntimos cobrada pelos sacos de plásticos mas está a ganhar com a legislação. A empresa portuguesa, que se dedica a produtos de conservação alimentar, “vendeu o dobro dos sacos de plástico para lixo neste primeiro trimestre em relação ao período homólogo”, afirmou Paulo Azevedo, director-geral da Silvex em entrevista ao programa Grandes Negócios, do Etv, sem querer adiantar o volume e o valor de sacos vendidos por questões de concorrência.

Apesar de se confirmar a expectativa de aumento de vendas com a medida aprovada no âmbito da fiscalidade verde, para o responsável da empresa, a legislação portuguesa “foi extemporânea, precipitada e provavelmente feita ao abrigo de um calendário político”. Além disso, Paulo Azevedo considera que os objectivos do Executivo não vão ser cumpridos. “Quando se diz que há uma redução daqueles sacos, de facto, há, mas não sei se há uma redução do plástico consumido, em geral. E é muito difícil quantificar o que vai acontecer em termos de quantidades de plástico no ambiente”. Mais, para o director-geral da Silvex, “o Estado não vai receber nem 20% do que estimava porque, pura e simplesmente, deixaram de se produzir sacos sujeitos a taxa. A grande distribuição contornou essa questão de outra forma, com outras soluções para os seus clientes”. 

A empresa foi pioneira no mercado nacional no lançamento de película aderente em 1972, no papel de alumínio mas são os sacos de plásticos para lixo, lançados em 1985, que ainda hoje são o produto mais vendido da Silvex. É por isso que a empresa começou a desenvolver sacos do lixo biodegradáveis, de valor acrescentado, e com muita procura nos países nórdicos. A internacionalização começou tarde, em 2009, quando a empresa tinha já 41 anos de actividade. Paulo Azevedo admite que o negócio da exportação só foi possível porque a Silvex começou a trabalhar com as empresas da grande distribuição para produziram produtos de marca própria. “Se tivéssemos optado por não fabricar para marcas próprias, não teríamos tido o crescimento de volume de negócios que a empresa teve e seria muito difícil para a Silvex ter capacidade de investir e de exportar, ir para o mercado externo”, sublinhou o director-geral. 

Hoje em dia, estão em cerca de dez países, principalmente Europa e nos países lusófonos africanos, uma entrada que só foi possível com um investimento de 12 milhões de euros na expansão da fábrica de Benavente. “Em 2009 as exportações eram residuais. No ano passado ficaram nos 33% e para este ano temos a previsão de chegar aos 40%”, avançou Paulo Azevedo. A facturação da empresa também deve avançar de 30 milhões em 2014 para 33 milhões este ano." >>

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Data de Publicação: 22 Mai 2015